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Você já ouviu falar em ceratocone? Aprenda mais sobre essa patologia!

O ceratocone é uma doença que não tem causa inflamatória, porém é progressiva e causa mudanças na estrutura da córnea. Conforme o estágio do ceratocone avança, ele deixa a superfície da córnea menos resistente, havendo assim uma deformidade, que vai deixando que ela tome o formato cônico (por isso o nome da doença). Esse processo vai a deixando mais fina.

O ceratocone, segundo a Sociedade Brasileira de Transplantes de Órgãos, já foi considerada a doença com maior número de indicação de transplantes de córnea no País. Hoje, porém, ela atinge apenas 5% da população brasileira, de acordo com o Conselho Brasileiro de Oftalmologia e já possui tratamentos que podem eliminar o transplante como única opção. Conheça um pouco mais sobre o ceratocone.

Principais sintomas

Há quem não sinta nada nos primeiros estágios da doença, isso acontece pois os sintomas mais característicos aparecem quando o ceratocone está bem avançado. Mesmo assim, é preciso sempre procurar ajuda caso sejam notados sintomas como dores de cabeça, fotofobia, desconforto visual e baixa da acuidade visual. Além de serem os primeiros indícios que há algo de errado com a visão, podem ser também as primeiras manifestações da doença.

A alergia, conjuntivites ou outras manifestações que façam com o que o paciente sempre coce os olhos com frequência e com força podem antecipar o surgimento do ceratocone. Eliminar esse fator de risco pode prevenir que a doença se manifeste rapidamente em indivíduos predispostos.

Se há constante mudanças de grau, também é preciso ficar alerta. Conforme a córnea sofre as alterações, há a necessidade de trocas de óculos com uma frequência bastante alta. É o chamado astigmatismo irregular, nesses casos, é preciso solicitar com urgência exames que confirmem o ceratocone para dar início aos tratamentos.

Predisposição e cuidados

A doença é genética, por isso, se há alguém na família, é melhor procurar acompanhamento médico desde cedo. O ceratocone se manifesta frequentemente entre os 10 e 25 anos, mas isso não é necessariamente uma regra. Os primeiros sintomas podem já aparecer aos sete anos e progredir até os 40, ou então estabilizar-se. Pode também se desenvolver nos dois olhos ou assimetricamente.

Estar atento e manter um acompanhamento oftalmológico é imprescindível para o sucesso do tratamento escolhido.

Tratamentos modernos para o ceratocone

Se antes o transplante de córnea era a única alternativa, hoje ele passou a ser a última opção. Os tratamentos para ceratocone se modernizaram e permitem o controle da doença por muito tempo. Quando o diagnóstico é feito de maneira precoce, há a opção de controlar a deformação da córnea apenas com o uso de lentes de contato rígidas, que evitam que a estrutura se torne cônica e também controlam o astigmatismo irregular.

Quando passam a não surtir mais o efeito desejado, as lentes rígidas são substituídas pelos anéis de Ferrara, que são anéis colocados com uma pequena cirurgia. Eles são capazes de impedir que a córnea se modifique e podem auxiliar no controle com as lentes de contato, dando maior conforto.

Porém, o tratamento mais efetivo é o crosslinking, uma cirurgia que impede o avanço da doença pois fortalece as fibras de colágeno da córnea. Sendo assim, o ceratocone não consegue mais tornar a estrutura cônica, impedindo que paciente sofra com a perda da visão. A técnica combina dois efeitos que permitem a melhora notável do quadro. Enquanto corrige as imperfeições da topografia da córnea, deixando-a com a regularidade mais próxima do ideal, fortalece as fibras, fazendo com que elas se tornem ainda mais fortes com o formato adequado.

Quer saber mais sobre essa e outras técnicas para cirurgia ocular? Leia nosso outro artigo e fique por de outras alternativas.

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