O que são células-tronco? 
 
Derivadas da medula óssea, as células-tronco são capazes de se transformar em diferentes tipos de tecidos no corpo humano. Essa flexibilidade permite que sejam usadas para regenerar áreas danificadas, podendo auxiliar no tratamento de doenças como Alzheimer, câncer, problemas cardíacos e, na oftalmologia, em condições que podem levar à cegueira. 

Entre as descobertas mais recentes estão as chamadas células pluripotentes induzidas (iPS). Criadas em laboratório, essas células comuns (como as da pele ou sangue) são reprogramadas para voltarem a um estágio semelhante ao embrionário. Essa tecnologia revolucionária permite que os cientistas criem células personalizadas para cada paciente, reduzindo o risco de rejeição. Assim, é possível transformá-las em células específicas, como as da córnea ou da retina. 

Como as células-tronco estão mudando a oftalmologia? 

As pesquisas voltadas para o uso de células-tronco na oftalmologia têm mostrado resultados promissores. Um estudo recente no Japão, liderado pela Universidade de Osaka, utilizou células iPS para tratar a deficiência limbar — uma condição em que a córnea é coberta por uma cicatriz, causando cegueira. O procedimento recuperou a camada externa da córnea, melhorando a visão de pacientes por mais de um ano. 

O outro avanço está relacionado ao tratamento da degeneração macular relacionada à idade (DMRI). No Brasil, um estudo conduzido pelo Serviço de Retina e Vítreo do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP), demonstraram o potencial do transplante de células-tronco da medula óssea para tratar degeneração macular relacionada à idade.  
 
Apesar de resultados positivos, em alguns casos, pacientes apresentaram reversões leves na visão durante o acompanhamento, confirmando assim que a técnica ainda está em desenvolvimento. 

 
 
Podemos esperar a cura da cegueira em um futuro próximo? 

As pesquisas com células-tronco estão em constante evolução. Ensaios clínicos prometem expandir as opções de tratamento, tornando essas soluções mais acessíveis. À medida que novas descobertas surgem, a esperança de recuperar a visão de milhões de pessoas ao redor do mundo está cada vez mais próxima. 

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